A habitual aposta, na lotaria
do Natal, de um grupo de amigos da Pocariça, em Cantanhede, vou a
realizar-se este ano, só que a história não se ficou pela cautela do
Natal. De aposta em aposta, a sorte acabou por bater à porta deste grupo
que ganhou o primeiro prémio da lotaria, no valor de 60 mil euros.
Margarida Rocha, do café “A Praça”, na Pocariça, conta a história
daquele que é o maior prémio alguma vez saído no seu estabelecimento
comercial. O grupo, como habitualmente, juntou-se para tentar a sorte no
Natal. Juntaram-se 30, cada um com uma aposta de 10 euros. 300 euros,
portanto, em cautelas, de onde saiu um prémio de 175 euros. Ora, este
prémio, conta Margarida Rocha, foi reinvestido em novas apostas, desta
vez na Lotaria dos Reis e na Lotaria de Ano Novo. E mais uma vez um
prémio, de menor expressão ainda, no valor de 45 euros. E também não foi
levantado, mas reinvestido, desta vez na Lotaria Alma Portuguesa –
Serra da Estrela. E aqui sim, estava o prémio mais cobiçado, de 60 mil
euros.
A “roda” da Lotaria Alma Portuguesa – Serra da Estrela “andou” a 13
de janeiro, mas foi preciso esperar pela última sexta-feira, dia 17,
para que os vencedores soubessem do prémio. «Queriam ser vários para
confirmar, vieram quatro dos 30», conta a proprietária do café.
As cautelas foram introduzidas na máquina e a resposta foi a de que o
prémio teria de ser levantado em Lisboa ou Porto, o que significa que
era superior a cinco mil euros. «Tirámos da máquina os números e
verificámos que era o primeiro prémio, nem estavam a acreditar», recorda
Margarida Rocha, dizendo que, a partir desse momento, a animação tomou
conta do café. «Foi dia de festa», explica a proprietária do café,
admitindo que, entre os tantos jogos da Santa Casa que se vendem no café
(lotaria, raspadinha, euromilhões, totoloto, entre outros), nunca ali
tinha saído um prémio tão elevado, ainda que, contas feitas entre todos e
tirando os obrigatórios descontos para o Estado, cada um dos
apostadores vá receber “apenas” cerca de 1.600 euros.